Os Incríveis (The Incredibles, 2004)

Se a Pixar faz você chorar e rir como criança, também sabe divertir você como um adulto. Em Os Incríveis, com certeza o filme mais “maduro” do estúdio, temos ação, explosões e mortes suficientes pra encher a tela com o espetáculo visual do blockbuster americano. Blockbuster muito bem feito, diga-se de passagem.

Misturando elementos clássicos dos quadrinhos, dos filmes de super-herói e até de James Bond, Os Incríveis é um filme de universo completo e divertidíssimo, onde cada um dos personagens tem seu tempo em tela certo e cada situação é tão bem colocada na história que o ritmo flui facilmente como uma das coisas mais divertidas que podemos presenciar.

É impossível não se divertir com as referências que surgem aos montes. Watchmen, Batman, Homem-Aranha, Super-Homem… todos eles estão representados com algum símbolo, alguma sequência ou algum personagem característico. Brad Bird criou uma liga de heróis fascinantes de tão humanos e de tão perdidos, e os colocou na missão mais difícil: suportar uns aos outros. Os Incríveis é, certamente, um dos melhores e mais divertidos filmes de toda a filmografia da Pixar — além do mais humano.

• Prós: tudo. Os personagens, a história, a qualidade visual e sonora…
• Contras: o gancho pra uma continuação, agora, parece mais chamativo.
• Veredicto: divertidíssimo, Os Incríveis é a receita do blockbuster americano na medida certa: engraçado, ágil, explosivo e bem contado. Precisa uma empresa de animação fazer um filme desses para mostrar aos diretores desse tipo de circuito que dá, sim, pra fazer bom cinema comercial.

Os Incríveis (The Incredibles, 2004). Estados Unidos. Escrito e dirigido por Brad Bird; fotografado por Andrew Jimenez, Patrick Lin, Janet Lucroy; editado por Stephen Schaffer; trilha-sonora por Michael Giacchino; com as vozes de Craig T. Nelson, Holly Hunter, Sarah Vowell, Spencer Fox, Samuel L. Jackson, Jason Lee, Brad Bird.